27/02/2009

Lideranças dos 5 principais Estados produtores de Cana reúnem-se em Maringá na segunda-feira

SAFRA 2009/10

Na pauta, as dificuldades enfrentadas pelo setor

Presidentes de entidades que representam o setor sucroalcooleiro dos 5 principais Estados produtores de cana, reúnem-se em Maringá nesta segunda-feira (dia 2), para tratar, entre outros assuntos, da safra 2009/10, que já está começando.
O encontro será às 14 horas na sede da Alcopar, entidade que representa 25 das 30 usinas e destilarias do Paraná – o segundo produtor nacional, só atrás de São Paulo.
Está confirmada a presença do presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), Marcos Sawaya Jank, que representa o Estado de São Paulo, e dos presidentes dos sindicatos de classe de Goiás, André Rocha, do Mato Grosso do Sul, Roberto Holanda, e de Minas Gerais, Luiz Custódio Cotta Martins.
O presidente da Alcopar, Anísio Tormena, é também o coordenador do Fórum Nacional de Lideranças do Setor Sucroalcooleiro. Nos últimos meses, segundo Tormena, o Fórum vem se reunindo com setores do governo na busca de soluções para os problemas enfrentados pelas indústrias.
REIVINDICAÇÕES
O segmento sucroalcooleiro negocia com o governo uma ampla reestruturação de R$ 3,45 bilhões em dívidas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bancos comerciais, tradings e fundos de investimento.
As indústrias também pleiteiam a liberação de até R$ 3 bilhões para financiar os custos da estocagem de etanol ("warrantagem") ao longo da próxima safra de cana-de-açúcar (2009/10). "A warrantagem resolveria as dívidas e evitaria uma queda maior dos preços", diz Tormena
Esses assuntos estão em discussão nos ministérios da Fazenda e da Agricultura desde dezembro. O tema tem sido tratado com cautela e discrição. Mas parte do governo entende que não pode deixar o setor ainda mais vulnerável ao capital estrangeiro, o que poderia desencadear uma avalanche de compras por investidores e sócios estrangeiros. Por isso, haveria estudos para estimular fusões e aquisições entre empresas nacionais. "O governo sabe como e onde precisa ajudar o setor", completa o presidente da Alcopar e presidente do Fórum. (Flamma)

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